Esqueça toda e qualquer evolução tecnológica, todos os avanços da inteligência artificial e toda a inovação inimaginável que estar por vir. A maior transformação do mundo do século XXI está acontecendo ao nosso lado, em nossas casas, dentro de cada um. O nome dela é LONGEVIDADE.
A ampliação do tempo de vida das pessoas é um fenômeno que acontece quase que silenciosamente, como todas as coisas vitais que compõe do cotidiano: a respiração, o passar das horas, as voltas do globo terrestre ou crescimento dos nosso filhos e netos. A correria do dia a dia, quem afinal se permite parar e pensar que conquistamos muitos novos anos para correr ainda mais?
No imediatismo do mundo que nos cerca, quem se dá ao luxo de olhar para o amanhã, quem se atreve a refletir sobre o inexorável passar dos anos e seu próprio envelhecimento?
A resistência pode ser grande, porém, longe de passar despercebida, a confirmação de que temos mais tempo para viver vem despertando novas e essenciais reflexões, tirando muitos de nós da zona de conforto. Não é mais possível ignorar que nas últimas 3 décadas, ganhamos a expectativa de mais 11 anos na nossa linha de tempo, assim como se torna cada vez mais evidente a quantidade de pessoas conhecidas que chegam perto ou ultrapassam os 100 anos.
É chegado no momento, então, de desmitificar o envelhecimento, seja do lado positivo, seja do lado negativo da palavra e desta faixa etária. Quem ignora, não se planeja para enfrentar desafios; quem não reflete, deixa de preparar-se para aproveitar os bons momentos que cada etapa da vida é capaz de nos brindar.
Sem medo, preconceito ou promessas, é indispensável olhar, sentir e entender o que está acontecendo com o nosso corpo, a mente, os sentimentos, a sociedade, o mundo.
Porque o tempo não para e o desejo da felicidade não tem idade.
FONTE: Livro: O que você vai ser quando envelhecer? Autora: Lena Obst - Editora Unisul